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Penedos de Góis

Preservar os PENEDOS é a palavra a não esquecer

Penedos de Góis

Preservar os PENEDOS é a palavra a não esquecer

GUARDAR O PASSADO, OLHANDO O FUTURO

05
Nov10

 

Por Adriano Pacheco

 

Foi sobre este tema que se desenvolveu o caloroso debate, focado no património arqueológico do Concelho de Góis que o Concelho Regional proporcionou no dia 16 do corrente mês, na Casa concelhia, sob o olhar atento duma assistência, de sala cheia, que se tem vindo a interessar vivamente pelas iniciativas levadas a cabo por este Orgão Regional, cujo esforço vai no sentido de deixar a marca da sua maneira própria de olhar e sentir o regionalismo, tal como referiu o seu presidente Dr. Luís Martins que moderou o debate.

 

Esta sessão cultural honrou-nos particularmente, não apenas pelo interesse acrescido no desejo da descoberta do património arqueológico do Concelho de Góis, mas também pelo enriquecimento, ao pormenor, dos diversos pólos de interesse espalhados pelo território, onde as pedras falam de nós e, através delas, sentimos a presença energética dos nossos antepassados e das suas vivências como fonte abundante do Saber que devemos preservar e transmitir aos vindouros como um legado. Nada mais de verdadeiro existe neste Concelho que os vestígios de antiquíssima presença humana: quer eles estejam na Pedra Letreira, Riscada e nos Penedos de Góis; quer eles permaneçam na estatua orante da Igreja Matriz, no antigo Hospital de Góis ou mesmo na Ponte Real.

 

Na apresentação da arqueóloga Dr.ª Ana Sá que deu uma panorâmica geral do património concelhio, através da projecção de elucidativos acetatos que dizem bem do trabalho aturado que tem sido feito “ainda que de pequena visibilidade”, pretendeu-se elucidar que, “dar a conhecer através do passado, favorece melhor o entendimento dos lugares de pertença no futuro, onde podem permanecer ecos da nossa história. Sobre esta exposição foram várias as questões levantadas, denotando-se uma grande preocupação dos presentes pela preservação da Pedra Letreira, lugar de memória que a todos pertence, tal como a monumental erupção granítica dos chamados Penedos de Góis.

 

Seguiu-se depois a elucidativa exposição do Prof. João Simões, goiense de gema, que numa pormenorizada explicação a todos deu a conhecer onde se situavam as antigas fronteiras da Vila de Góis e onde se encontram as relíquias (brasão) do Concelho, bem como os vários efeitos rugosos que a Meseta Ibérica sofreu. Para lá dos achados que encontrou num vetusto pedregulho que fazem os seus encantos.

Por último falou a arqueóloga Dr.ª Maria Helena Moura, técnica do IPA e do IGESPAR na qualidade de profunda conhecedora da região, transmitindo a necessidade que há em preservar este rico e impar património que dá uma identidade própria a esta região serrana, cujo utilidade e conhecimento não se restringem apenas à própria região.

 

Na qualidade de presidente da Câmara e em representação da vereação, a Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira manifestou a sua gratidão por ter sido convidada para esta sessão, donde, disse sair mais enriquecida e orgulhosa deste Concelho e das suas gentes, bem como mais disponível para ajudar a aprofundar esta área da cultura. Agradeceu também à Casa e ao Conselho Regional por este feliz evento.

Fechou a sessão o Dr. Luís Martins, agradecendo a comparência de toda a assistência.