Terça-feira, 18 de Março de 2008
De jipe e depois a pé se chega aos Penedos de Góis. Lá de cima, do cume, a 1040 metros pode faltar a respiração porque tudo sobra em vistas. As azinheiras resistem por entre a majestosa sobriedade dos quartzitos e mais alto, muito mais alto, o voo de uma rapina desenha círculos no céu. Pela subida, ao longo do curso da Ribeira de Pena deixámos Castanheiros e Carvalhos à procura de humidade. Depois, só as Azinheiras,
o Rosmaninho e a Carqueja resistem à pobreza do solo. As paredes da penedia são imponentes. Cá em baixo perto das casas de xisto de Pena, há campos a parecer desenhos de geometria: hortas verdes, courelas em pousio, montinhos de palha quehão-de fazer a cama do gado.
Mas, existem em Góis muitos outros encantos: seguir o Rio Ceira, serpenteando serra acima. Descobrir como no Corterredor ou nas Mestras o tempo terá ficado suspenso nas paredes de xisto das velhas casas. E depois há a história, antiga de milénios, na Pedra Letreira de Alvares. Com quase seiscentos anos como na Igreja Matriz, instituída em 1415, e onde Diogo de Castilho e João de Ruão deixaram na pedra a marca dos grandes génios. Mas na Capela do Castelo, na Capela de S. Sebastião ou na Capela de Santo António, no conjunto de casas de setecentos e oitocentos ou na perfeição dos arcos da ponte sobre o Rio Ceira, a história continua a
escrever-se.
E no Parque do Cerejal as águas do Ceira correm cristalinas. Quando chega o Verão há belos passeios de canoa rio acima e, dizem que para os lados do moinho da Peneda, há trutas, barbos e bogas para delícia dos pescadores. Da grande concentração de motas que todos os anos se faz em Góis, costumam ficar muitas histórias: em nenhuma falta o delicioso sabor da chanfana ou do cabrito assado, dos enchidos e dos queijos de cabra ou de ovelha. Quando as histórias se contam com açúcar, os bolos da Várzea e de Góis não podem faltar.
www.cm-gois.pt
Sexta-feira, 14 de Março de 2008
A aldeia da Pena, a 15 km de Góis, enquadra-se num ambiente natural de rara beleza entre o Trevim (ponto mais alto da Serra da Lousã) e o Penedo de Góis. De penha ou penhasco que lhe fica sobranceiro, na outra margem da ribeira, e onde se pode ver uma cabeça de leão moldada pela Natureza. Bem ao fundo do vale, a Ribeira de Pena, ora se despenha em cascatas apressadas, ora se aconchega aos rochedos em lagoas serenas, criando recantos paradisíacos. Ali ao lado, os Penedos de Góis, são uma aposta de aventura para os mais ousados.
Esta aldeia foi alvo de um programa de requalificação, no âmbito das Aldeias do Xisto, que lhe permitiu adquirir potencial humano de desenvolvimento, transformando-se num pólo de atracção turística suficientemente dinâmico, que permite a criação de uma nova base económica que passa, nomeadamente, pela recuperação das tradições, pela valorização do património arquitectónico construído, pela dinamização das artes e ofícios tradicionais e pela defesa e preservação da paisagem em que se enquadramposted
by Damião de Góis
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Reunião da Comissão de Melhoramentos de Vale Torto
Este ano os Jogos de Verão serão organizados pela Comissão de Melhoramentos de Vale Torto. Desta forma, para uma melhor organização dos jogos, a Comissão convoca uma reunião para o próximo dia 21 de Março de 2008, pelas 16 horas, na Casa de Convívio da mesma. Esta reunião terá a seguinte Ordem de Trabalhos:
1. Discussão/Aprovação e alterações de regulamentos;
2. Modalidades obrigatórias e facultativas;
3. Sorteio dos jogos.
Nesta data proposta, esperamos ter a presença de todas as Comissões participantes e ambicionamos apresentar de forma clara a nossa visão para estes Jogos, de modo a inovarmos e aumentarmos a qualidade dos mesmos.
in O Varzeense, de 29/02/2008
II Feira de Artesanato em Ribeira Cimeira
Vai ter lugar no próximo dia 22 do corrente mês, em Ribeira Cimeira (Góis)
a II Feira de Artesanato.
Esta Feira terá a sua abertura às 9 horas com porco no espeto e música regional.
Comparece.
in Jornal de Arganil, de 13/03/2008
Tomou posse a nova Direcção da Comissão de Melhoramentos dos Povorais , a eles desejo o maior sucesso possível e que saibam cativar a juventude e os associados para o bom desenvolvimento da Aldeia.
Assembleia Geral
Presidente da Assembleia Geral : Daniel Lopes de Carvalho
Vice Presidente : Gina Pimentel
1º Secretário: Cristina Barata
Direcção
Presidente da Direcção: Rui Alves
Vice Presidente: Gentil Pimentel
Tesoureiro: Paulo Henriques
1º Secretário: Catarina Henriques
Vogal: Lucília Henriques
Vogal: Fernando Henriques
Conselho Fiscal
Presidente do Conselho Fiscal: Mário Barata
Secretário: Isabel Henriques
Relator: Miguel Baeta
Quarta-feira, 12 de Março de 2008
DIARIO DE COIMBRA
REN dá especial atenção a aves raras
Está em consulta pública o projecto de implementação de uma linha de Muito Alta Tensão, ligando as subestações de Penela e de Tábua, em que foram colocados cuidados especiais na protecção das pessoas e, especialmente na fauna, com medidas de excepção para dois casais de aves protegidas nos Penedos de Góis
Um casal de “cegonha preta” e outro de “bufo real”, que nidificam nos Penedos de Góis, receberam atenção especial na execução do projecto de uma Linha de Muito Alta Tensão, de 220 kV (quilovolts), a erigir entre Penela e Tábua. Trata-se de 66 quilómetros de linha, projectada para o meio da encosta, de forma a minimizar os impactos visuais, tendo, de acordo com o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), poucos aspectos negativos para a paisagem, fauna, flora e pessoas. O único senão, apesar de não ser considerado importante, em termos dos impactes, prende-se com quatro localidades, Vale Lameira, Roda Fundeira, Cabeçadas e Salgado, que estão localizadas a menos de 200 metros da linha. De resto, depois de estudados vários traçados, tendo em conta as questões ambientais, isto de acordo com o descrito no EIA, a Rede Eléctrica Nacional (REN) optou por um traçado que evita zonas habitacionais e sensíveis ao nível dos ecossistemas. Projectada para o escoamento da energia produzida nos sistemas eólicos existentes na região, a linha tem também como finalidade contribuir para o descongestionamento das duas linhas que ligam o Marco dos Pereiros a Tábua. Em 66 quilómetros, ligando a subestação de Penela, já em funcionamento, à estrutura semelhante que está a ser construída em Tábua, vão ser implantados 170 postes metálicos, sendo que, apenas um ocupará área pertencente à regressa Ecológica Nacional. O traçado escolhido passa por seis concelhos, atravessando as freguesias de São João da Pesqueira, Espariz, Pinheiro de Côja e Meda de Mouros (Tábua); Côja, Folques, Arganil e Celavisa (Arganil); Castanheira de Pêra (Castanheira de Pêra); Pedrógão Grande e Vila Facaia (Pedrógão Grande); Campelo e Aguda (Figueiró dos Vinhos); Cumeeira e S. Miguel (Penela). Na conclusão final do EIA, que está em consulta pública, na autarquia de Tábua e na Direcção-Geral de Energia e Geologia - por um prazo de 15 dias, a contar da publicação em Diário da República, a 13 de Novembro – verifica-se que «não se prevêem impactes negativos significativos sobre a generalidade dos descritores ambientais, nomeadamente clima, recursos hídricos, qualidade da água e qualidade do ar». O estudo, realizado pela “ARQPAIS, Consultores de Arquitectura Paisagista e Ambiente, Lda”, refere a instalação do sistema “Bird Flight Diverter”, ou “Espanta Pássaros”, «nos cabos de guarda, entre os apoios (postes) 76 e 101, tendo em conta a presença de um casal de cegonha-preta e outro de bufo real nos Penedos de Góis, a cerca de três km da linha», frisando ainda que os vãos que atravessam matos e carvalhais também devem ser sinalizados.
Situações salvaguardadas
É feita também referência à proximidade de duas pedreiras, em Pinheiro de Côja e Côja, situação em que em que não se verifica, «contudo, qualquer tipo de afectação, cumprindo os limites de protecção legais». Também no caso nas quatro povoações que são bordejadas pela linha de muito alta tensão (Vale Lameira, Roda Fundeira, Cabeçadas e Salgado), o estudo afirma que, tendo em conta as previsões, apesar de poderem ser afectadas pelo barulho das máquinas na fase de construção, em exploração, terão valores de ruído inferiores aos estipulados pela lei. Ainda assim, durante a implementação da linha, foi estipulado que os trabalho só poderão realizar-se entre as 8h00 e as 20h00. Os resíduos provenientes da fase de obra serão alvo da metodologia de gestão adoptada pela REN, sendo concentrados no Marco dos Pereiros, antes de serem transportados para processamento e reciclagem. A linha de Muito Alta Tensão Penela-Tábua percorrerá uma região onde existem áreas sensíveis da Rede Natura 2000, como a Serra da Lousã, Serra de Sicó e complexo do Açor, mas acaba por não atravessar nenhuma destas zonas. Foi identificado, também, o risco de colisão para algumas aves planadoras, como o milhafre-preto, águia-cobreira e águia Bonelli, entre outras, não havendo contudo qualquer sugestão de que possam haver colónias de morcegos na zona, uma vez que não foram descobertos abrigos numa prospecção efectuada para a realização do estudo.
José Carlos Salgueiro
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Nome vulgar: Bufo Real
Nome científico: Bubo buba
Habitat
É uma ave solitária, formando casais sedentários e territoriais durante todo o ano. Vive em territórios que protege e marca através das suas poderosas e características vocalizações (um "HOO-o" audível a mais de 5 km), fazendo-se ouvir mais frequentemente durante o Inverno, altura em que se inicia a sua época de reprodução.
É muito semelhante ao mocho, pela presença de penachos (orelhas), é no entanto uma ave de rapina nocturna de apreciáveis dimensões, podendo atingir 1,70 m de envergadura.
Alimentação
Caça ao anoitecer, alimentando-se de ouriços-cacheiros, lebres, coelhos, roedores e aves, tendo no entanto um espectro alimentar muito vasto que inclui um grande número de mamíferos carnívoros (por exemplo raposas, gatos e cães) e aves de rapina diurnas e nocturnas. Este papel de super predador ou predador do topo da cadeia alimentar (só partilhado na Europa, pelo Lobo e a Águia-real), faz com que seja uma espécie muito importante nos ecossistemas onde habita, pois controla o número e densidade de outras espécies de predadores. Além disso, por ser uma espécie sensível às actividades e interferências humanas no meio, é uma espécie-chave do ecossistema onde habita, tendo uma grande relevância como espécie-indicadora da qualidade ecológica dos ecossistemas.
Reprodução
Nidifica em cavidades nas rochas ou em troncos de árvores. Normalmente a postura é de 2 a 4 ovos brancos, sendo o período de incubação de 34 a 36 dias. Os pequenos bufos passados 20 dias já se movimentam nas rochas e passados 34 a 60 dias começam a voar.
Porque está em vias de extinção:
Actualmente está em vias de extinção devido principalmente à perseguição humana, ou seja, pela perseguição directa que lhe é movida por ser tida como uma espécie "destruidora da caça" ou pela rarefacção das suas presas principais e de zonas desabitadas e inóspitas que necessita para sobreviver.
O que fazer para salvar o Bufo Real
SensibilizaR as pessoas e informa-Las sobre o perigo de extinção da sua espécie para que daqui a muitos anos numa noite de Inverno e no vale inóspito de um rio algures em Portugal, um dos sons mais belos da natureza: o cantar de um casal de bufos-reais em plena corte nupcial se faça ouvir prometendo o início de uma nova vida.
Sexta-feira, 7 de Março de 2008
Fazemos parte de um concelho com território que se estende por mais de 271 km2, distribuídos por cinco freguesias, as quais agrupam dezenas de aldeias numa região totalmente acidentada. Com vales profundos por onde correm ribeiras e riachos que debitam grandes quantidades de água às bacias hidrográficas: Mondego e Zêzere. Somos assim, um concelho de montanha que ajuda a matar a sede a uma boa parte deste país. Mas... adiante.
Dos montes e das serras entrelaçados em linhas descontínuas, que fazem parte desta região de frondoso arvoredo e abundante água cristalina, sobressaem com toda proeminência Penedos de Góis, cuja exuberância se impõe por si própria a uma distância considerável. Afrontando de tal forma o visitante, que se toma impossível abstrair-se da presença majestosa deste colosso da natureza. E de facto uma das maiores, se não a maior, maravilha desta região. Há que reconhece-lo e acarinhá-lo por isso.
Curiosamente, ou talvez não, não temos sabido dar o devido realce nem aproveitamento turístico a esta raridade da natureza, à volta da qual se poderiam erguer vários projectos de desporto radical, com algum impacto nacional. Contudo, eles - os espantosos penedos - lá continuam expostos de forma activa, firmes e hirtos como torres, mas completamente ignorados.
Por detrás deste rochedo, situa-se a pitoresca e genuína aldeia de Povorais, cujas características lha dão o traço mais genuíno de aldeia serrana, bem à distância da dita civilização. Porém e devido à imponência dos seus protectores penedos - quem diria? - é relegada para um plano secundário, apesar da beleza natural dos seus mais vivos traços dos seus mais vivos traços de ancestralidade, onde ainda se podem ver habitações de pedra nua, ligada com barro, outras ainda de pedra solta, mas todas emolduradas por uma paisagem vetusta.
Juntando a tudo isto a simpatia das suas gentes hospitaleiras, com hábitos comunitários afáveis e maneiras próprias de bem receber, consegue-se encontrar um conjunto harmonioso entre a montanha agreste e o povo que a humaniza e lhe dá vida e cor. A rusticidade da montanha adornada pelas linhas suaves dos vales, transmite ao visitante a firmeza e a tranquilidade que por vezes lhe falta. Com esta paz de espírito instalada, desperta-se a atenção para as qualidades humanas deste povo, que já vão rareando na nossa sociedade.
Como a tantas outras belezas naturais, continuamos sem perceber por que não somos capazes de as colocar ao serviço desta região, dando a conhecer aos operadores de circuitos turísticos, esta raridade que a natureza nos oferece de forma tão generosa. (?) Bem sabemos que gerir um portento destes, de forma directa, apetrechado de condições apelativas para o desporto radical, seria necessário boa organização e muitos meios.
Mas que diabo, fazer um pouquinho de publicidade destas condições naturais pouco comuns, não nos parece nada fora do nosso alcance.
Se não fizermos alguma coisa para dar a conhecer a nossa região, ao nível dos média, ela morrerá na mais completa obscuridade. Não basta sabermos o que temos e deliciarmo-nos com ele, importa também dá-lo a conhecer a quem o desejar. O exemplo mais flagrante está no popular encontro dos "motards".
Da nossa parte, através dos males alinhavados registos que aos poucos vamos dando a conhecer, fazemos aquilo que os maus ventos nos vão permitindo sem açoites de grande monta.
Adriano Pacheco
in O Varzeense, de 15/04/2007
Terça-feira, 4 de Março de 2008
Na Casa do Concelho de Góis
Aconteceu na Casa do Concelho de Góis... O lançamento do livro Umbrais do Penedo O lançamento do livro Umbrais do Penedo, de Adriano Pacheco, (Paixão) na Casa do Concelho de Gois, Rua de Santa Marta, 47, r/c Dtº , Lisboa veio demonstrar que o regionalismo não está agonizante, como muitos afirmam , mas que com um inteligente trabalho a Comissão de Melhoramento dos Povorais está a colher frutos e conseguiu encher de jovens e seus pais o magestoso salão da Casa Concelhia. Mais de uma centena de pessoas escutaram atentamente as intervenções, Dr João Coelho, autror do perefácio do livro, da Dra Maria de Lurdes Castanheira, em nome da Adiber, José Dias Santos, presidente da Casa, Gentil Pimentel, presidente do Conselho Fiscal da Comissão, Prof.Dr. João Simões, e por fim Adriano Pacheco. Baseando as intervenções na habilidade do autor em tirar partido do fenómeno biblico do dilúvio e da intervenção dos deuses e da carga mítica dos Penedos de Gois,todos se deixaram embalar pelo estilo poético do autor. Completam o livro um bem escolhido lote de poesias do autor, que de obra par obra, vai aprimorando o seu estilo e que um grupo de lindas meninas disse e que entraram nos nossos ouvidos e refrigeraram nossa alma. Está de parabéns Adriano Pacheco, a Comissão de Melhoramentos dos Povorais. e todos os que tiveram o prazer de assistir e este invulgar espectáculo que foi coroado com soculente lanche onde reinou muita alegria, Parabéns ainda à Casa do Concelho de Góis, por ter sido palco de uma festa cultural que dignifica este espaço de Góis na Capital. matoscruz (Veja e divulgue: http://terrasdoceira,blogs.sapo.pt )
publicado por matoscruz às 23:23
" Umbrais dos Penedos "
um livro da autoria de Adriano Pacheco que conta uma "história " sobre os penedos
Preservar os PENEDOS
é a palavra a não esquecer