Aqui nas faldas das colinas
Em manhãs douradas
e ventos soberbos
Quem assume a neblina
dos arvoredos
Quem protesta e roga aos céus
brisa amena
Se os ventos são bafejos de Deus?
Os penedos se erguem para lá
dos montes
Com o fulgor que reluz
Na grandeza que se ergue
se eleva como luz
Se propaga como trovão
Se esmaga e faz tremer
o xisto rugoso do chão
Por que temos esta grandeza
tão grande
Que mal se sabe e se conhece
Que se expõe e engrandece
O nosso imenso horizonte
Sobe o olhar que nos conhece
Sabe um deus e o seu olhar
Com que pena temos dito
Mas o eco só redobra o nosso grito
Paxiano
o blog dos Penedos de Gois
agradece este inédito ao amigo Paxiano
ANÁLISE SOBRE O ANO CULTURAL
DA CASA DO CONCELHO DE GÓIS
P’lo Conselho Regional
Adriano Pacheco
Terminado este ciclo de manifestações culturais, no presente ano, de iniciativa do Conselho Regional da Casa do Concelho de Góis, é tempo de se fazer uma análise sobre o trabalho produzido e dos resultados culturais alcançados, partindo do princípio que, aquilo que foi feito, pode sempre parecer pouco, face aos anseios e perspectivas dos elementos que se propuseram trazer à “cena” qualquer coisa mais. Mas são apenas desejos que, por variadíssimas razões, nem sempre alcançam a sua realização.
Apesar disso e modéstia à parte, entendemos que este ano foi um tempo de grande dinamismo por parte do Conselho Regional, que realizou meia dúzia de reuniões e vários contactos para levar a efeito quatro eventos culturais de interesse regional: como sejam a palestra sobre a Saúde no Concelho, suas insuficiências e carências; a temática importante da arqueologia do território concelhio, que tão esquecida tem andada das preocupações dos munícipes.
Promoveu-se também a mobilização entusiástica dos jovens goienses para uma representação teatral na cidade que tão boa impressão deixou. Por último, deu-se relevo ao plenário das colectividades, sobre regionalismo, onde foram debatidos vários problemas locais de incidência camarária, perante a presença da Senhora Presidente Dr. Maria de Lurdes Castanheira, num diálogo franco e aberto pouco usual. Pois os problemas sempre existiram, mas a boa vontade para encontrar soluções só agora vai aparecendo.
Neste contexto, a senhora Presidente não deixou de reconhecer às colectividades trabalho profícuo de entreajuda importante, razão pela qual não quis deixar de aceitar o Movimento Regionalista, através da Casa, como um válido parceiro social. Foi a primeira vez que um autarca disse isto de viva voz e com toda a frontalidade! Não podemos deixar de registar, com agrado, tal reconhecimento.
Com estas actividades pretendemos, não só fazer regressar os goienses à sua Casa, da qual têm andado arredados, como também de dar a conhecer ao Concelho de Góis da existência desta Casa em Lisboa, proporcionando-lhes a vivência do que, nestes campos, se faz pelo Concelho e precisa de ser divulgado para ser apreciado.
Nas décadas mais recentes, não temos memória de uma actividade tão intensa e frutuosa no âmbito cultural, desenvolvida nesta Casa, o que não quer dizer que não seja possível fazer-se mais e melhor, basta lembrarmos o desenvolvimento sócio-económico que esta colónia beirã incrementou na Cidade de Lisboa, numa época em que dispunha de infra-estruturas antiquadas e pouco funcionais, o que lhe trazia necessidade de muita mão-de-obra barata para suprir tal lacuna. Agora, é o tempo da autarquia lisbonense reconhecer o préstimo que este povo deu à cidade.
Esta sugestão pode ser encarada quando a Casa conseguir pôr em marcha um evento tal, que suscite a presença dum representante da autarquia lisbonenses, a qual terá de ter em conta a existência da Casa do Concelho de Góis. Colectividade que deve merecer o reconhecimento da parte da edilidade lisbonense, ao ponto de a distinguir com estatuto próprio. Não creio que, com isto, tenhamos “lançado uma lança em Africa”, mas pelo menos tentamos lembrar que ainda estamos vivos, já que outras casas regionais o fizeram e com êxito.
Não ganhamos nada em continuarmos mudos e calados dentro da nossa concha, sem que ninguém dê conta da nossa existência. O Presidente da Autarquia de Lisboa e o Presidente da Junta da Freguesia local têm de saber que nós existimos, trabalhamos na cidade, pagamos os nossos impostos e ainda promovemos eventos culturais que só enriquecem a Cidade.
Conselho Regional da Casa do Concelho de Góis,
debate entre cooperação das associações regionalistas
e a Câmara Municipal de Góis
Texto de Adriano Pacheco
Fotos de Adriano Filipe
Já foram tornados públicos, os vários contornos destacáveis do evento cultural levado a efeito pelo Conselho Regional da Casa do C. de Góis, através de reportagens oportunas, cuja informação se ficou apenas por aí, como é próprio deste modelo de comunicação escrita. A reportagem é isto mesmo: informação em cima da hora com dados concretos, cenários e cores, actores e falas, ou, noutra situação, discursos e seus conteúdos, atitudes relevantes que acrescentem algo de novo ao leitor interessado.
A sua função é, na verdade, descrever o evento de forma objectiva e clara, segundo os factos ocorridos, dando relevância aos aspectos que valoriza por parecerem importantes e inovadores. A narração destes factos, depende muito da sensibilidade do repórter e não dum sistemático recurso à “chapa cinco”, isto é, ao estereótipo enfadonho que lhe dá o aspecto de lenga-lenga já gasto. Como se tem visto.
Ora como se pode imaginar, o evento do “teatro do concelho vem à cidade”, foi muito mais do que isso e mexeu com vários sectores. Obrigou a um trabalho de organização, planeamento e preparação, onde estiveram envolvidas várias entidades do Concelho e da Casa (Câmara Municipal, Adiber, Grupo G. Varzeense e Conselho Regional). Várias pessoas foram chamadas a darem a sua colaboração: desde os jovens actores, formadores e dirigentes dos grupos, ajudantes, pessoal da Casa passando pelos elementos do Conselho Regional, para que o evento corresse da melhor maneira. Trata-se dum trabalho colectivo e voluntarioso, mas submerso e sem qualquer visibilidade, quase ignorado, que a reportagem não pode atender quando é superficial.
Por outro lado não realça a parte importante da questão. Aliás, o aspecto mais frutuoso e relevante no campo social, o que é pena! Está em causa o empenhamento dos jovens actores e dos seus dedicados dirigentes. Num trabalho de base importante que se está a desenvolver no Concelho de Góis, na área da cultura -nomeadamente do teatro-, que traz consigo efeitos extremamente positivos em várias vertentes, que só mais tarde serão visíveis. Importa aqui perceber que se estão a formar cidadãos de corpo inteiro, desviando-os dos maus caminhos, dando-lhes uma visão mais consciente da comunidade em que estão inseridos, criando-lhes laços fortes à região, que mais tarde virão a dar frutos.
Esta é a vertente que a reportagem não pode contemplar quando se perde em circunstancialismos publicitários. Em contra-partida, o artigo de opinião tem todo um vasto campo para dar relevo ao trabalho duro e invisível que se desenvolveu dentro da comunidade, revelando o que de positivo se vai fazendo na região, em troca de pequenos, mas estimulantes incentivos, que se ficam pela possibilidade de viajar e conhecer pessoas, num meio diferente mas repleto de afinidades.
A lástima ficou-se pela falta da cereja no cimo do bolo, que seria a presença do actor Ruy de Carvalho como estava previsto, falta não ponderada e que deixou uma certa frustração a bailar no espírito destes jovens, que jamais esqueceriam tal evento. Mas, certamente, que outras oportunidades irão surgir.
No próximo dia 15 de Dezembro, quarta-feira, pelas 12.00 horas, a Santa Casa da Misericórdia de Góis irá proceder à inauguração do Centro de Reabilitação e Bem-Estar Dr. José Domingos da Ascensão Cabeças, a funcionar nas Instalações do Lar de Idosos em Vila Nova do Ceira.
De acordo com a nota à imprensa que nos foi remetida "a atribuição do nome do Dr. José Cabeças, afastado da gestão activa da Instituição por motivos de saúde, foi, sob proposta da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Góis, aprovado por unanimidade na reunião de Assembleia Geral do passado 29 de Novembro e pretende ser uma homenagem de reconhecimento pelo trabalho em prol desta Santa Casa nos últimos 21 anos, data em que o Dr. José Cabeças liderou o processo de reactivação desta IPSS, mantendo até à 6 meses a sua liderança reais necessidades da população, foi sempre sua pretensão que aquele espaço se mantivesse devoluto até à possibilidade de nele criar uma estrutura na área reabilitação, que servisse não só os utentes do Lar de Idosos, mas igualmente toda a população do Concelho de Góis".
Esta nova estrutura, dotada de um vasto conjunto de equipamentos da área da fisioterapia e reabilitação, na área da Mecanoterapia, Terapia Ocupacional, Termoterapia, Pressoterapia, Cinesioterapia e Electroterapia, encontra-se instalada num espaço com uma área superior a 250 m2, com um investimento na ordem dos € 100.000,00, e vem colmatar uma necessidade há muito sentida pela população do nosso Concelho e pelas estruturas locais de saúde, reunindo todas as condições para ser uma estrutura de referência na região.
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Numa sede renovada, a Casa da Comarca de Arganil em Lisboa comemorou ontem o seu 81º aniversário. Passado pouco mais de um ano após um incêndio que danificou fortemente a sede desta Casa Regional, esta, aparece com cara lavada e com condições de poder albergar eventos de vária ordem. Perecebeu-se que os trabalhos foram muitos, mas também se percebe que valeu a pena o empenho dos dirigentes.
O dia começou com Missa, pelas 10:00 horas na Igreja de S. José, por alma dos sócios falecidos. Pelas 12/12:30, na sala Comendador Cruz Pereira, davam-se as boas vindas, seguidas de convívio e dos respectivos aperitivos. O Almoço foi servido à hora habitual, pelas 13:00 e contou com muitos arganilenses e amigos.
Nestas ocasiões, há sempre discurso, nem faria sentido não haver, e calhou ao deputado Dr. Guilherme Silva, um amigo da Casa da Comarca de Arganil, ser o orador oficial do 81º Aniversário, com o tema " O Regionalismo e a Républica. Seguiram-se os vários discursos das individualidades presentes e no final a actuação do rancho residente, o Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa.
Como Pomarense, não poderei deixar de realçar que o Presidente da Casa da Comarca de Arganil em Lisboa é um pomarense da aldeia da Sorgaçosa, e também não poderei deixar de realçar a presença de outros pomarenses. O Soito da Ruiva esteve presente com representantes da Comissão de Melhoramentos daquela localidade e ainda com representantes do Grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva. E tal como eu, individualmente, outros pomarenses marcaram presença. Como as imagens valem mais do que mil palavras...
O bolo de aniversário...excelente a confecção...
O bolo-rei que foi servido, também era excelente, confecção da Versalhes....passe a publicidade!
A mesa de honra, com as personalidades convidadas...
O deputado Dr. Guilherme Silva, no seu discurso, fez varias referências a Arganilenses que se destacaram na vida publica durante os 100 anos da Republica.
O nosso Presidente da Câmara Municipal de Arganil, Engº Ricardo Pereira Alves.
Dra. Lurdes Castanheira, Presidente da Câmara Municipal de Góis.
Dr.Miguel Ventura em representação da ADIBER e também autarca de Arganil.
O Sr. António Francisco, Presidente da Casa da Comarca de Arganil, lugar que ocupa há 12 anos. Aproveitou esta oportunidade para informar que, por uma questão de idade e de saúde, não voltará a recandidatar-se a outro mandato.
Soito da Ruiva, na mesa 1. Na mesma mesa, de Anceriz, o Sr. Brito, que nos fez companhia. Eu também partilhei a mesa com os Soitodaruivenses.
Pomarenses, também na mesa 6.
Dirigentes e personalidades conhecidas...
Chegada a hora dos discursos...a Presidenta da CM de Góis, Dra Lurdes Castanheira realçou a cooperação entre os municípios da Beira Serra e a importância de tornar a região num "grande" território.
Dr. Miguel Ventura, sempre com um discurso claro e bem elaborado. como já nos habituou...
Carvalhais da Costa, abordou o tema da Comarca de Arganil num discurso eloquente...que prendeu a atenção dos arganilenses presentes...
Num discurso de proximidade e amizade, o Presidente da Junta de Freguesia de S. José, Vasco Morgado Jr., abraçando os Srs. António Francisco e Carlos Manuel, respectivamente Presidente e Secretário da direcção da Casa da Comarca, e no final contribui com um cheque para ajuda das obras...
Num discurso simples, de trato cordial e simpático, em que se percebeu a grande experiência de José Manuel Maia, explicou o porquê de estar ali; a presença de uma grande comunidade de Arganilenses em Almada, e fez referência ao Barril de Alva, à amizade que o liga ao Sr. Figueiredo "Toneca", e nessa sequência contou um episódio: alguém achou estranho ele ser do PCP e ser amigo pessoal do Dr. Guilherme Silva do PSD. Todos tem uma coisa em comum. A José Manuel Maia, Guilherme Silva e Toneca, liga-os a grande amizade que ficou do tempo passado juntos na tropa...
Barril de Alva
Um aspecto do salão e a mesa de dirigentes da Casa Regional em primeiro plano...
Carlos Manuel, um dos principais rostos da Casa da Comarca de Arganil. Dirigente do Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa. Um homem frontal e corajoso...
A actuação do Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa...
Dois rostos da Beira-Serra. Dra. Fernanda Maria e Dra. Teresa Neves. A Confraria do Bucho, (cá para mim que seja o de Vila Cova de Alva, a esta hora até que marchava...), e o Grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva, as danças, os trajes, os acordes de guitarra, e os coscoreis. O melhor que há nas terras do Alto Concelho de Arganil. Alguém tem dúvidas!?
Constou-se que já estavam a tirar apontamentos de reportagem para o próximo número de A Comarca de Arganil. Eu cá fico a aguardar...
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E aqui estão os cliques da viagem rumo a casa pela estrada municipal, depois do almoço n'A Tranca da Barriga, Cabreira. Eu nunca tinha andado dentro de um carro por sobre o gelo / neve dura. E tão longe de tudo. E sem sinal de telélé :). Valha-nos Deus
Amanheceu sem nuvens no dia 3. Apresentou-se um pouco opaco. O frio, esse não já não era surpresa. Ála passear. De carro pois, porque me é de todo impossível caminhar e respirar na rua em temperaturas de 2 ou 3 graus Centígrados. Coisas minhas, físicas. Nada a fazer. Ir onde? Sempre o mesmo dilema. Ali estava-se tão bem, mas dar a voltinha a pé com aquela temperatura, nem só com os olhos de fora. Nem pensar. E se fossemos até à Cabreira?! sugeri. Há lá um restaurante com um nome muito giro, a Tranca da Barriga ...
Depois de imaginar o percurso a seguir, até seria um passeio diferente porque nunca tinhamos subido, de Góis,a a EM 543 para a Nacional 2. Descer, sim, muitas vezes. E lá fomos. Com Bi atrás, deitadinha na sua nova cama comprada na «Loja dos Chineses» em Góis. A propósito, eles são muito atenciosos, sorridentes e até criaram um posto de trabalho para uma portuguesa. Por causa de traduzir a língua? Talvez não, agora, que a chinesinha fala bem o português e nós, por defeito ou virtude, fazemos todos os possíveis para os entendermos, a eles ou a quaisquer outros estrangeiros que estejam cá, a trabalhar ou em férias.
Ora bem. Estando em Góis, foi junto aos Bombeiros que iniciámos a subida, a caminho do almoço. A Estrada Municipal (EM ) 543 e levou-nos lá, mas sinuosamente. Passámos Cortecega. Muitas curvas depois, a Cabreira. A cada curva, uma paisagem diferente. Eu fui clicando, dentro do carro em andamento e de janela aberta, com Marido a refilar por causa do frio, que era glaciar para nós, ainda habituados a 4 Estações. Mas foi-me impossível não o fazer. Estar sentada a ver toda aquela paisagem belíssima a desafiar-me e não a clicar e trazer para casa, era um desperdício. Eu e os meus clics, para poder mostrar aquele cantinho de Portugal, na Beira Interior, um dos mais pobres de Portugal.
Cabreira olhada pela 1ª vez. O Restaurante? Placa não havia, mas houve uma senhora loura de cabelo encaracolado simpatiquíssima que nos indicou o melhor caminho. Entrámos. Boa tarde! Sentimos o natural acolhimento daquela zona. Subimos ao 1º andar. Sentámo-nos. Apareceu Álvaro Martins. Trocámos conhecimentos e «facebooks». Que comer? Feijoada, o prato do dia. Sem ser carne? Polvo acabado de cozer para uma saladinha ou se quiser, com batata e legumes. Não é preciso. Traga uma dose de feijoada e uma saladinha de polvo. Vinho da casa, azeitonas temperadas, um queijinho de cabra. Melhor? Não. Aprovados. Sobremesa, arroz de mel. Tivemos de experimentar. Com limão e pau de canela. Ainda morno. Um pouco mais de cozedura do grão e estaria irrepreensível. Café bom. Preço óptimo. Desejamos à nova gerência da Tranca na Barriga, na pessoa de Álvaro Martins, muita sorte. Foi um prazer lá ter ido.
Depois restava a viagem de regresso. Por cima para a Nacional 2? Ou descer a Góis? Por cima, que andaram carros da Câmara a meter sal nas estradas. A tarde caía. O Penedo estava quase opaco.
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Para lá de Góis
A Vila de Góis, à direita da foto, em baixo
Cortecega, à esquerda da foto, a espreitar. Viva Eugénia Santa Cruz!
Estrela ainda em fundo.
por
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