Adriano Pacheco
Compromissos anteriormente assumidos, levaram-nos a uma breve passagem pela linda capital do Ceira, junto à margem deste rio, onde se encontrava instalada a FACIG, exposição que se vem desenvolvendo com stands vários, alguns dos quais representantes de empresas comerciais, instituições e colectividades regionalistas, que mostram bem a dinâmica sócio-económica que este certame vem ampliando numa zona bem necessitada. Pese embora o grande impacto desta feira, ela ainda não foi devidamente compreendida pelo tecido empresarial da região, ou a sua dimensão ainda não provocou o salto necessário.
A Casa do Concelho de Góis, com sede em Lisboa, pela segunda vez, fez-se representar dando ênfase ao tema: “profissões populares desenvolvidas por gentes goienses na cidade de Lisboa”, onde criaram o seu espaço, deram o seu contributo, marcando a história da sociedade lisboeta. Junto dos apetrechos inerentes às profissões encontravam-se também obras literárias de escritores desta região, nomeadamente “O Moço de Esquina”, recentemente publicado na Casa concelhia. Assim vai dando conta do seu propósito.
Como não podia deixar de ser, acompanharmos de perto, os festejos da Vila de Alvares, não só para matar saudades, mas também para sentir as mudanças comportamentais dum povo que se manifesta em momentos de euforia, ou se pelo contrário continua alimentando tradições ancestrais para dar brilho a algo que lhe é intrínseco. Cedo nos apercebemos de que o momento não era o mais indicado para avaliar essa eventual mudança, uma vez que vivemos um tempo de “vacas magras”, se é que elas alguma vez foram gordas para estas bandas. Contudo, já não existe, obrigatoriamente no menu, a celebre sopa de grão-de-bico ( vide livro “A Vila do Burel”) o que não deixa de ser uma alteração, para o bem e para o mal.
De louvar o empenhamento e a coragem dos Mordomos da Festa ao conseguirem mobilizar e dinamizar todos os recursos ao seu alcance, usando de alguma criatividade e imaginação para levarem a cabo a sua missão, coisa que não é fácil nos tempos que decorrem. Que o digam aqueles que já por lá passaram e que se esfolaram a contar os tostões para pagarem a todos (rigorosamente a todos) aqueles que prestaram um pequeno e leve serviço.
Estes eventos, como outros desenvolvidos em aldeias de magros recursos, são sempre um enorme desafio para quem abraça esta missão. Importa por isso seguir uma política de contenção de custos. Desconhecendo o resultado contabilístico do evento, deseja-se que ele seja favorável a quem tanto se esforçou, porque se assim não for, para além do seu enorme trabalho, ainda têm de pôr dinheiro do seu bolso (?)
Trabalhos à parte, temos de dizer que as festas nas aldeias têm o grande mérito de contribuírem para o reencontro dos conterrâneos no local onde nasceram e viveram os primeiros anos de vida, recordando com saudade os seus tempos de meninice com todas as traquinices que lhes eram próprias. Têm também a grande virtude de virem dar ânimo às aldeias que se encontram deprimidas, transmitindo-lhe novo folgo de vida, maior movimento que é o que necessitam. Importante é lembrar que este pormenor não pode passar despercebido às autoridades deste Concelho.
A lástima reside apenas na particularidade de que as pessoas se deslocam às suas aldeias apenas em dias festivos, o que é muito pouco e… uma enorme pena!..
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