PERÍODO CRÍTICO 2013 de 1 de JULHO a 30 de SETEMBRO
Portaria nº 202/2013, ARTIGO 1º de 14 de Junho de 2013
É Proibido:
- FAZER FOGUEIRAS, QUEIMAS DE SOBRANTES E QUEIMADAS;
- FAZER FOGO DE QUALQUER ESPÉCIE, FORA DOS FOGAREIROS OU GRELHADORES FIXOS;
- LANÇAR FOGUESTES, FOGO DE ARTIFÍCIO E BALÕES COM MECHA ACESA;
- REALIZAR AÇÕES DE DESINFESTAÇÕES E FUMIGAÇÃO EM APIÁRIOS SEM DISPOSITIVOS DE RETENÇÃO DE FAÚLHAS;
- FUMAR OU FAZER LUME NAS ÁREAS FLORESTAIS.
por
Adriano Pacheco
Na introdução ao tema em destaque, o dr. Luís Martins abriu a sessão que teve lugar na Casa do Concelho de Góis no dia um do mês em curso, com uma abrangente exposição sobre energias renováveis da nossa região, dando ensejo aos palestrantes de exporem os seus conhecimentos.
Este sector da economia foi sempre secundarizado pelos residentes, apesar de poder vir a ser uma das maiores fontes de riqueza regionais. Energias Renováveis tem o brilhantismo de ser um conceito da atualidade muito curioso, com incidência no aproveitamento das nossas potencialidades, apesar de elas já existirem no nosso meio desde todo o sempre sem qualquer utilidade! Curiosamente a dependência da energia fóssil veio espevitar uma maior acuidade e atenção para com as “nossas coisas”. Agora toda a gente se debruça sobre o assunto com novas e apetitosas perspetivas!
Na verdade a hábil e eloquente exposição de António Gil conduziu os espectadores a uma noção positiva sobre a energia eólica como sendo uma energia limpa e de pouco impacto ambiental o que não nos convenceu. É bom não esquecer aquelas “ornamentações” no cimo dos montes, a enorme poluição sonora, e alguns danos colaterais com as aves autóctones. Pese embora tenha trazido algum desafogo económico, quer aos compartes, quer às autarquias. Isto sim é o motor de todas as ambições de quem tem estas “árvores” nas suas propriedades e àqueles que não as tendo gostariam de as ter (?). Este desconchavo foi bem evidente e elucidativo durante o debate que tornou tudo bem mais claro.
No que diz respeito à energia biomassa, bem mais pobre em termos de recompensa imediata, a Eng.ª Carla tornou tudo claro no que diz respeito à sua rentabilidade devido ao enorme custo de transporte para os parques e centrais de Mortágua e Figueira da Foz. Curiosamente, não foi abordada com clareza, a razão da ausência duma central dentro do próprio Concelho que resolveria parte do problema dos elevados custos, nem dada a devida ênfase à grande utilidade que daria na limpeza das florestas com este aproveitamento. Como caricato, diga-se de passagem, foi destacado o facto da Casa dos Estudantes em Góis ser aquecida com combustível fóssil em detrimento do consumo da biomassa com uma poupança astronómica. Vá-se lá saber porquê!?
Foi ainda esclarecido pela drª. Cláudia as grandes vantagens da energia solar em termos de microprodução, utilizando os painéis solares e fotovoltaicos no aproveitamento dos raios solares que inundam as serras de forma graciosa. Sobre a energia hídrica pouco foi adiantado dado que não houve técnico para falar do assunto, quando nos parece ser uma grande fonte energética em todo o concelho com acentuada evidência na freguesia de Alvares
Sobre o projeto Caprigóis, criação de gado, falou-nos Ricardo Pinto com todo o entusiasmo que lhe foi possível, deixando boas ideias sobre algo que durante os tempos tem falhado. Pareceu-nos com ideias bem definidas mas inconsistência, ainda que envolvidas de algum romantismo à volta desta temática.
O debate teve algumas intervenções curiosas e interessantes, ainda que muito contidas deixando no ar algo nebuloso por clarificar. A palestra teve como moderador o dr. Fernando Cunha da parte do Conselho Regional que na parte final deu a palavra aos autarcas presentes que não deixaram de se sentirem entusiasmados com tudo que foi exposto perspetivando bons resultado. Por fim José Dias Santos presidente da Casa, congratulou-se com o êxito do evento, nomeadamente por ter sido desenvolvido e animado por jovens.
O Góis Moto Clube irá organizar a 20ª Concentração Mototurística entre os dias 15 e 18 de Agosto de 2013. Como já é habitual os visitantes podem disfrutar de toda as potencialidades desta Região em ambiente de convívio e de festa. |
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Adriano Pacheco
A floresta é um dos bens mais preciosos da nossa região que nem sempre foi devidamente apreciado, era tido como algo que cresce espontaneamente e que apenas dava trabalho duro e, só lá de vez em quando, podia oferecer um escasso rendimento anual. Nunca foi entendido como uma das riquezas rentáveis e duradouras a longo prazo. Nunca integrou um projeto organizado de modo a seduzir investimentos avultados, bem pelo contrário, esteve sempre entregue a curiosos e oportunistas que se aproveitaram para explorar a floresta de forma avulsa, desregrada e sem consciência da sua preservação, fator principal para uma saudável renovação. Também a política das florestas nunca foi algo visível!
A floresta cresceu connosco, sempre esteve próxima e nos deu uma relação diária normal, a sua beleza era algo que estava entranhada no quotidiano do serrano, fazia parte da sua vida de tal forma que ele próprio não lhe dava o devido realce. Quem vive no meio duma beleza natural tão forte, aceita-a com toda a normalidade sem a destacar. Olha a flores da acácia como prenúncio da primavera sem qualquer espanto. Aceita a flor da carqueja como aceita o luar de agosto sem que algo lhe desperte a atenção. Olha para as pinhas que caem do pinheiro tal como olha para um fruto maduro que cai duma árvore. Recebe a chuva e convive com ela sem qualquer constrangimento. O serrano e a natureza convivem dentro duma relação amistosa e de conveniência. Nada mais.
No entanto e curiosamente, hoje vê-se que tudo isto são produtos que entraram na rede comercial com toda a aceitação ao encontrá-los expostos nos supermercados. A própria corcódea (casca do pinheiro) que foi sempre entendida como restolho do pinheiro e que para nada servia, a não ser para as queimadas, hoje é utilizada nos canteiros dos jardins e pode ser matéria-prima geradora de energia de biomassa. É a ciência ao serviço do aproveitamento dos desperdícios florestais.
Sendo tudo isto produtos da nossa região, tidos por nós como lixo incómodo da floresta, será que os investidores ainda não viram que aqui está um filão pronto a ser explorado? Assim haja alguém com sentido empreendedor e disposto a fazer investimento num projeto devidamente estudado a longo prazo. Estamos à espera que alguém, vindo de fora, se atreva a arriscar num negócio que oferece boas perspetivas?... É uma situação idêntica à da água que, no nosso espaço, brota por todo o lado e vai alimentar uma cadeia de barragens hidráulicas e todos os interesses inerentes. Contudo, a eletricidade produzida chega às nossas habitações paga ao mesmo preço que noutra cidade qualquer (?) Isto para não falar da água de consumo que jorra da nossa torneira que tem o mesmo critério de exploração!
Estamos a falar das potencialidades da nossa região que podem ser aproveitadas para vários fins, nomeadamente para alimentação de fonte energética. Tema que vai ser apresentado e discutido na Casa do C. de Góis por técnicos especializados das várias fontes energéticas no dia um do próximo mês, com o propósito de chamar a atenção dos interessados diretos da floresta, da energia eólica, hídrica e biomassa que têm a oportunidade de poderem aumentar os seus conhecimentos sobre o assunto e ficarem cientes das potencialidades que a região possui.
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