Adriano Pacheco
Tal como o nosso espaço serrano, tal como as nossas aldeias isoladas, tal como o nosso entendimento, a freguesia de Alvares apresenta-se sempre fragmentada. Reage e comporta-se como um arquipélago de ilhas dispersas sem qualquer ligação entre si. Somos um povo desunido sem qualquer afinidade nem força de conjunto e por isso sem qualquer peso político, nem associativo, a nível concelhio. Pesa muito mais cada aldeia de per si, do que vale a freguesia no seu conjunto. A serra fez de nós “bichos” recolhidos cada um em sua toca que só de vez em quando nos encontramos! Razões históricas alimentaram tal mentalidade que nos conduziu a este estado de coisas!… Hoje isto não é admissível!
Ainda que mal comparado, foram bem notadas as opiniões exacerbadas na recente campanha eleitoral, onde foram mais destacadas as rivalidades exageradas entre aldeias, com destaque para o realce do positivo e do negativo em mandatos anteriores, do que a diferença de ideias alternativas apresentadas pelos próprios candidatos, o que em termos gerais (ignorando o bairrismo) não se compreende nem fará muito sentido. Não temos noção nem entendimento como força de conjunto da nossa região. Falta-nos a floresta desenvolvida como grande potencial agregador. Somos um povo pobre e desavindo, para cúmulo da desgraça.
Bem sabemos que, nas campanhas eleitorais para as autarquias, os ânimos atingem o máximo da sua vibração em redor do seu partido/candidato o que é perfeitamente normal dada a disputa em causa, o que já não é normal são as reações empoladas por um bairrismo exacerbado que favorece apoio a um ou outro candidato, servindo-se este do estado d’alma particular destas gentes. As expressões veiculadas pelas redes sociais atingiram níveis pouco dignificantes por parte de quem as exprimiu, numa tentativa de apoiarem o candidato A ou B. Desta forma, alimentado este divisionismo pelos fazedores de opinião, nunca iremos a lado nenhum, nem nunca teremos qualquer peso político nem força regionalista.
Não estamos, com isto, a sugerir uma organização de cúpula para o movimento regionalista, isso seria reduzir-lhe o seu dinamismo que ele próprio alimenta. Mas seria salutar que os seus dirigentes tivessem uma atitude e visão de conjunto, promovendo eventos, ora numa aldeia, ora na outra, consoante suas aptidões e características de cada uma, dando sequência ao espírito das “Jornadas Culturais”. Aliás as três maiores aldeias da freguesia vão consolidando as caraterísticas que as distingue, interessa agora promover outras para potenciarem o regionalismo. Somos muito poucos para vivermos isolados, ignorando-nos uns aos outros. Longe vão os tempos em que as aldeias eram auto suficientes em termos de eventos, podendo tomar em suas mãos as suas próprias iniciativas.
A riqueza que nos é presenteada pela Serra e pela Floresta, deveria ser aproveitada para proveito da região e não para nos desunir.
Sabado
Esporão 8h 36
com vista dos Penedos de Góis 8 H 45
Cabeçadas 8h 51
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