SETE DIAS À TOA NA SERRA DA LOUSÃ
por Ernesto Ladeiras
continuação
Reorganizadas as hostes, foi dada a ordem de marcha, agora alinhados em fila indiana dupla (3 numa berma e os outros 3 na outra, sendo que dois de uma das filas, eram os carregadores de serviço). E assim fomos seguindo, trocando graçolas para manter os ânimos e esquecer a fome. Em breve chegaríamos às Quelhas, que ficavam já muito perto da Portela do Vento, onde as águas se separam. As Quelhas, dos velhos trilhos cruzados, gravados por negociantes, almocreves, pedintes itinerantes, vagabundos e salteadores. Roteiros de desvairadas gentes e destinos. Contavam-se histórias tenebrosas de roubos, assaltos e até mortes. De tempestades e nevões que sepultavam imprudências, bebedeiras e doenças. De lobos que atacavam gados em trânsito, e que faziam até longas perseguições a montadas. Íamos nós, calmamente subindo, na nossa dupla formação indiana, já muito perto das Quelhas (sítio ainda tido como de má fama), quando nos surge, pela frente, lá no alto, um ciclista de pasteleira, com sacos e saquitéis amarrados ao suporte. – Eh amigo, Eh amigo, a Roda Cimeira é muito longe? E onde são as minas da Roda? ; gritámos todos a uma voz. O nosso homem deve ter passado um mau bocado, ao deparar com todo aquele aparato. Alinha com o centro da estrada pedais para que te quero, mais a força da gravidade e ele aí vai, a toda a mecha, sem tugir nem mugir. –Ora um merda destes, com medo dos putos ! Dizia o Chico , chateado. Quem tem cu tem medo! Alguém atirou para o ar, esta velha chapa-feita, à conta de uma pretensa justificação para a fuga desesperada do nosso apavorado ciclista. Esta empolgante Serra da Lousã, enorme chapéu de muitos bicos. A caprichosa geometria dos seus descomunais volumes que nos esmagam e assustam. Quem teria concebido, projectado e construído este colosso? Que forças estranhas (aleatórias?) a teriam empurrado até cá em cima? Quem a teria vestido e povoado de Vida ? Há quantos milhões de anos existe e quais as alterações sofridas desde o início da sua formação? Que lhe acontecerá no futuro ? Continuará o homem a respeitar minimamente a sua "provecta idade" e a sua magestade? O que terá ela nas suas entranhas? Diziam os antigos que a Serra da Lousã era atravessada por um" braço de mar", razão porque nunca fora levada por diante a ideia da construção de um túnel rodoviário entre a Castanheira e a Lousã. Uma palpitante e fantasmagórica fantasia que estava bem na linha dos grandes sonhos que os Castanheirenses sempre acalentaram, de reduzir drasticamente as distâncias que os separavam de Coimbra, mas que foram sendo sucessivamente desfeitos. A Lousã e Coimbra alí mesmo por detrás da Serra, mas na realidade ainda tão longe de nós. E assim continuamos e continuaremos, lamentavelmente. Nas suas entranhas não corre um tenebroso "braço de mar" mas corre água potável, graças ao trabalho natural da floresta e dos matos nativos. Água que alimenta fontes, minas e poços e sustenta os mínimos ecológicos dos cursos de água. A grande Serra tinha, de certo, também, nas suas entranhas, ouro, volfrâmio, urânio, titânio e outras raridades minerais. Coisas boas ou coisas más, consoante o uso que a Humanidade delas faz. Durante a nossa subida, a partir de Góis, encontrámos estranhas escavações, explorações avulsas de volfrâmio (tungsténio), muito usado, durante a segunda guerra mundial ( 1939-1945), no fabrico de armamento bélico. Tremendas tragédias muito recentes; fumegavam ainda, um pouco por todo o Planeta, as monstruosas e trágicas borralheiras do maior drama humano deste século, senão de todos os tempos. Terríveis consequências dos comportamentos da besta- homem, irracional! Em contraponto, ali estava perante nós, a majestade e a paz absoluta da Serra da Lousã. Foramos nós toupeiras atómicas e miná-la-íamos, sem deixar mácula, até ao magma, muitos quilómetros abaixo, na busca dos vestígios primordiais deste doloroso e grandioso parto telúrico, que é, agora, a esplendorosa Serra do Pinhal – Monumento verde, natural, implantado no coração de Portugal. (continua no próximo número)
A história de S. Martinho
Diz a lenda que Martinho, nascido na Hungria em 316, era um soldado. Era filho de um soldado romano. O seu nome foi-lhe dado em homenagem a Marte, o Deus da Guerra e protector dos soldados. Aos 15 anos vai para Pavia (Itália). Em França abraçou a vida sacerdotal, sendo famoso como pregador. Foi bispo de Tous.
Certo dia de Novembro, muito frio e chuvoso, estando em França ao serviço do Imperador, ia Martinho no seu cavalo a caminho da cidade de Amiens quando, de repente, começou uma terrível tempestade. A certa altura surgiu à beira da estrada um pobre homem a pedir esmola.
Como nada tivesse, Martinho, sem hesitar, pegou na espada e cortou a sua capa de soldado ao meio, dando uma das metades ao pobre para que este se protegesse do frio. Nessa altura a chuva parou e o Sol começou a brilhar, ficando, inexplicavelmente, um tempo quase de Verão.
Daí que esperemos, todos os anos, o Verão de S. Martinho. E a verdade é que S. Martinho raramente nos decepciona. Em sua homenagem, comemoramos o dia 11 Novembro com as primeiras castanhas do ano, acompanhadas de vinho novo. É o Magusto, que faz parte das tradições do nosso país.
Mais tarde terá tido uma visão de Jesus e decidiu dedicar-se à religião cristã. Faleceu a 8 de Novembro de 397 em Tours.
O Magusto é uma festa popular, as formas de celebração divergem um pouco consoante as tradições regionais. Grupos de amigos e famílias juntam-se à volta de uma fogueira onde se assam as castanhas para comer, bebe-se a jeropiga, água-pé ou vinho novo, fazem-se brincadeiras, as pessoas enfarruscam-se com as cinzas, cantam-se cantigas. O magusto realiza-se em datas festivas: no dia de São Simão, no dia de Todos-os-Santos ou no dia São Martinho. Inúmeras celebrações ocorrem não só por Portugal inteiro mas também na Galiza e nas Astúrias.
Leite de Vasconcelos considerava o magusto como o vestígio dum antigo sacrifício em honra dos mortos e refere que em Barqueiros era tradição preparar, à meia-noite, uma mesa com castanhas para os mortos da família irem comer; ninguém mais tocava nas castanhas porque se dizia que estavam “babada dos defuntos”.
Em Mirandela, é comum fazer o Magusto nos estabelecimentos de ensino, em cafés e restaurantes, em casa com familiares e amigos. Os Serviços Sociais da Câmara Municipal de Mirandela realizam um Magusto para os seus associados. Todos terminam enfurratados e alegres.
O tema das castanhas está presente na literatura, nomeadamente em Plínio, Virgílio, Camões, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, Aquilino Ribeiro, Miguel Torga, Virgílio Ferreira, António Cabral, Vasco Graça Moura, etc.
Jorge Lage refere os seguintes jogos com castanhas:
- Jogo das alhas alhas ou alhos alhos;
- Jogo do par ou pernão;
- Jogo dos pares ou nones;
- Jogo do castelo de castanhas, pino de castanhas ou carambola;
- Jogo da rapa, rafa ou rifa;
- Jogo da poceca, pocinha, castanha à cova ou pocilga das castanhas;
- Jogo das pedrinhas, chinas, necas ou caquinhos;
- A castanha e a corrida dos burros.
Provérbios de S. Martinho e de castanhas:
- A cada bacorinho vem o seu S. Martinho.
- A cada porco vem o seu S. Martinho.
- Em dia de S. Martinho atesta e abatoca o teu vinho.
- Martinho bebe o vinho, deixa a água para o moinho.
- No dia de S. Martinho, fura o teu pipinho.
- No dia de S. Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho.
- No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
- No dia de S. Martinho, mata o porquinho, abre o pipinho, põe-te mal com o teu vizinho.
- No dia de S. Martinho, mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e
prova o teu vinho.
- No dia de S. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
- No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.
- Pelo S. Martinho abatoca o pipinho.
- Pelo S. Martinho castanhas assadas, pão e vinho.
- Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
- Pelo S. Martinho, nem nado nem no cabacinho.
- Pelo S. Martinho nem nado nem no cabacinho.
- Por São Martinho, semeia fava e linho.
- Por São Martinho –nem favas nem vinho.
- Pelo S. Martinho prova o teu vinho; ao cabo de um ano já não te faz dano.
- O Sete-Estrelo pelo S. Martinho, vai de bordo a bordinho; à meia-noite está a pino.
- São Martinho, bispo; São Martinho, papa; S. Martinho rapa.
- Se o Inverno não erra o caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
- Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
- Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo São Martinho.
- Veräo de S. Martinho säo três dias e mais um bocadinho.
- Vindima em Outubro que o S. Martinho to dirá.
- Castanhas boas e vinho fazem as delícias do S. Martinho.
- A castanha é de quem a come e não de quem a apanha.
- A castanha e o besugo em Fevereiro não têm sumo.
- A castanha em Agosto a arder e em Setembro a beber.
- A castanha excita o coito e alimenta muito.
- A castanha tem três capas de Inverno: a primeira mete medo, a segunda
é lustrosa e a terceira é amarga.
- A castanha tem uma manha: vai com quem a apanha.
- A castanha veste três camisas: uma de tormentos, outra de estopa e outra de linho.
- A castanha amarela em Agosto tem a tinta no rosto.
- A noz e a castanha é de quem a apanha.
- Andam os castanheiros ao boi!...
- Ao assar as castanhas, as que estouram são as mentiras dos presentes.
- Arreganha-te, castanha, que amanhã é o teu dia.
- As castanhas apanham-se quando caem.
- As castanhas para o caniço e o boneco para o porco.
- As folecas indicam o sexo de criança ou animal que vai nascer.
- Assentar-lhe uma castanha.
- As folhas de castanheiro andam sete anos na terra e depois ainda voam.
- A oliveira e ao castanheiro todos os anos mochadeiro.
- Cada mocho ao seu souto.
- Carregadinho de castanha, vai o burrinho para Idanha.
- Castanha assada, pouco vale ou nada, a não ser untada.
- Castanha bichosa, castanha amargosa.
- Castanha cacaforra, nem a dês aos porcos.
- Castanha peluda, castanha reboluda.
- Castanha perdida, castanha nascida.
- Castanha que está no caminho é do vizinho.
- Castanha quente só com aguardente, comida com água fria causa «azedia»
- Castanha semeada, p´ra nascer, arrebenta.
- Castanhas caídas, velhas ao souto.
- Castanha do Maranhão, e escolher se vão.
- Castanhas do Marão, a escolher se vão.
- Castanhas do Natal sabem bem e partem-se mal.
- Castanhas enchidas, velhas ao souto.
- Castanhas idas, velhas pelos soutos.
- Castanheiro para a tua casa, corta-o em Janeiro.
- Com castanhas assadas e sardinhas salgadas não há ruim vinho.
- Crescem os reboleiros, morrem os castanheiros.
- Cruas, assadas, cozidas ou engroladas, com todas as manhas,
bem boas são as castanhas.
- Dar-lhe uma castanha.
- Dá-me castanhas, dar-te-ei banhas.
- De bom castanheiro, boa acha.
- De bom castanheiro, bom madeiro.
- De castanha em castanha (roubando) se faz a má manha.
- De castanhas um palmo.
- De castanheiro caído todos fazem lenha.
- Desde que a castanha estoira, leve o diabo o que ela tem dentro.
- Dia de Santo António vêm dormir as castanhas aos castanheiros.
- Do castanho ao cerejo, mal me vejo.
- Do cerejal ao castanhal, bem vai, o pior é do castanhal ao cerejal.
- Do cerejo ao castanho, bem eu me amanho.
- Do cerejo ao castanho, bem me avenho.
- Em Agosto deve o milho ferver no caroço e a castanha no ouriço.
- Em alheio souto, um pau ou outro.
- Em ano de muito ouriço não faças caniço.
- Em Maio comem-se as castanhas ao borralho.
- Em minguante de Janeiro, corta o teu castanheiro.
- Em Setembro, antes de chover, o souto o arado quer ver.
- Estalar a castanha na boca.
- Folha amarela do castanheiro cai ao chão.
- Lenha de castinceira, má de fumo, boa de madeira.
- Mais vale castanheiro, que saco de dinheiro.
- No dia de São Julião, quem não assar um magusto não é cristão.
- O amor é como o raminho do souto, vai-se um, vem outro.
- O castanheiro, para plantar, precisa ir na mão, o carvalho às costas
e o sobreiro no carro.
- O Céu é de quem o ganha e a castanha de quem a apanha.
- Oliveira do meu avô, castanheiro do meu pai e vinha minha.
- O ouriço abriu, a castanha caiu.
- Os ouriços no São João são do tamanho de um botão.
- Ouriço raro, castanha ao carro.
- Pelo São Francisco, castanhas como cisco.
- Pinheiro cortado em Janeiro, vale por castanheiro.
- Planta o souto, quando cai a folha ao outro.
- Por souto não irás atrás do outro.
- Quando gear, o ouriço vai buscar.
- Quando o lobo come outro, fome há no souto.
- Quando o sol aperta, o ouriço arreganha.
- Quebrar a castanha na boca.
- Quebrar a castanha no dente.
- Quem castanhas come, madeira consome.
- Quem não sabe manhas, não come castanhas.
- Queres castanhas? Larga-a o burro tamanhas.
- Raiz de castanheiro, dá «bô» braseiro.
- Sacar as castanhas do lume com mão alheia.
- Senhoria de Itália, dom de Espanha, não valem uma castanha.
- Sete castanhas são um palmo de pão.
- Sete castanhas fazem no estômago um palmo de pau.
- Soitos do pai e olival do avô.
- Temporã é a castanha, que em Agosto arreganha.
- Tirar a castanha do fogo.
- Tirar a castanha do fogo com a mão do gato.
Adivinhas sobre a castanha:
Alto cavaleiro
Quando lhe dá a risa
Cai-lhe o dinheiro?
Qual é a coisa, qual é ela,
Que é macho e dá fêmeas?
O meu fruto é mais doce,
Que o milho fabricado
Todos o comem com gosto
Cru, cozido ou assado?
Tenho camisa e casaco
Sem remendo nem buraco
Estoiro como um foguete
Se alguém no lume me mete.
in.
O ouriço é o fruto capsular espinescente do castanheiro-da-europa (Castanea sativa), geralmente com três aquênios, as castanhas.
Presume-se que a castanha seja oriunda da Ásia Menor, Balcãs e Cáucaso, acompanhando a história da civilização ocidental desde há mais de 100 mil anos. A par com o pistácio, a castanha constituiu um importante contributo calórico ao homem pré-histórico que também a utilizou na alimentação dos animais.
Os gregos e os romanos colocavam castanhas em ânforas cheias de mel silvestre. Este conservava o alimento e impregnava-o com o seu sabor. Os romanos incluíam a castanha nos seus banquetes. Durante a Idade Média, nos mosteiros e abadias, monges e freiras utilizavam frequentemente as castanhas nas suas receitas. Por esta altura, a castanha, era moída, tendo-se tornado mesmo um dos principais farináceos da Europa.
Com o Renascimento, a gastronomia assume novo requinte, com novas fórmulas e confecções. Surge o marron glacé, passando de França para Espanha e daí, com as Invasões Francesas, chega a Portugal.
A castanha que comemos é, de facto, uma semente que surge no interior de um ouriço (o fruto do castanheiro). Mas, embora seja uma semente, como as nozes, tem muito menos gordura e muito mais amido (um hidrato de carbono), o que lhe dá outras possibilidades de uso na alimentação. As castanhas têm mesmo cerca do dobro da percentagem de amido das batatas. São também ricas em vitaminas C e B6 e uma boa fonte de potássio. Consideradas, actualmente, quase como uma “guloseima” de época, as castanhas, em tempo idos, constituíram um nutritivo complemento alimentar, substituindo o pão na ausência deste, quando os rigores e escassez do Inverno se instalavam. Cozidas, assadas ou transformadas em farinha, as castanhas sempre foram um alimento muito popular, cujo aproveitamento remonta à Pré-História.
Wikipédia
Organização
Geo Raid
967 422 831
info@geo-raid.com
A Vila de Góis acolhe, mais uma vez a Feira dos Santos, no dia 1 de Novembro de
Este certame visa promover os produtos locais e regionais, com destaque para o Mel com DOP (Denominação de Origem Protegida) - Mel da Serra da Lousã e os frutos secos.
A semelhança dos anos anteriores, a organização promove o concurso de Doces/Bolos (confeccionados à base de mel, castanha e nozes), e este ano pela primeira vez, vamos ter um concurso do mel.
Esta Feira contará com a animação de 2 Ranchos Folclóricos, com o V Torneio da Malha inter-colectividades, com o Torneio do Tiro ao Alvo, e para finalizar o tradicional magusto.
A Feira dos Santos, para além de ser um ponto de encontro do comércio tradicional, é sobretudo um local onde familiares e amigos se juntam.
Programa - Feira dos Santos
07h Abertura da Feira
10h V Torneio da Malha Inter- Colectividades
10:30h Descerramento de Placas Toponímicas
11h Rancho Folclórico “As Sachadeiras da Várzea” da Casa do Povo de Vila Nova do Ceira
14h Abertura das Inscrições para o “Tiro ao Alvo”
14:30h Concurso de Doces / Concurso de Mel
15:30h Rancho “Os Mensageiros da Alegria” de Vila Nova do Ceira
16h Tradicional Magusto
Integrada na Feira, realiza-se no dia 1 e no dia 2 de Novembro, o 1º fim-de-semana gastronómico dos “Torresmos à Moda de Góis".
by camara municipal de gois
Proteja o seu pinhal contra o nemátodo
Campanha Nacional de Sensibilização
Abril a Outubro
1 - O insecto-vector transmite o nemátodo:
[a] - a pinheiros saudáveis quando se alimenta nos seus raminhos;
[b] - a pinheiros enfraquecidos, quando se faz as suas posturas de ovos.
2 - [c] - Depois do nemátodo instalado multiplica-se no interior dos pinheiros levando à sua morte.
As larvas do longicórnio que se desenvolvem nas árvores enfraquecidas, transformam-se em insectos adultos na Primavera do ano segunte, abandonando os pinheiros e transportando consigo o nemátodo.
Novembro a Março
(período ideal para remoção dos pinheiros doentes)
Os sobrantes de cortes deverão ser estilhados (inferior a 3 cm) ou queimados no local, devendo consultar sempre o risco de incêndio florestal.
Árvores com sintomas ou mortas deverão ser abatidas e a sua madeira transportada para tratamento em unidades industriais.
A doença do nemátodo da madeira do pinheiro:
Leva sempre à morte das árvores;
Não se transmite directamente de árvore a árvore, necessita do insecto-vector.
Tenha em atenção:
(NOTA: O ficheiro encontra-se comprimido e em formato .pdf)
in camara municipal de gois
No dia 1 de Novembro de 2008 serão comemorados os 80 anos da Sociedade de Melhoramentos de Roda Cimeira. As comemorações serão feitas em Roda Cimeira com o seguinte programa: celebração de uma missa seguida de romagem ao cemitério, almoço convívio nas instalações da Escola de Roda Cimeira, onde será feita a entrega dos emblemas de didicação de 25 e 50 anos de associado a esta Sociedade de Melhoramentos. Será ainda realizado um magusto e um Baile Regional. Assim, convidamos todos os sócios e amigos a participar neste Aniversário tão especial para a Sociedade de Melhoramentos de Roda Cimeira.
Marina Lopes Pedroso
in Jornal de Arganil, de 16/10/2008
Fotografia de JrC
SETE DIAS À TOA NA SERRA DA LOUSÃ
por Ernesto Ladeiras
continuação
Foi fácil chegar à Casa Grande, testemunho óbvio de abastanças e glórias passadas, "cheia dos bons e maus cheiros das casa que têm história". O Dias, ao ver-nos ficou surpreendido com o mau aspecto e o tamanho da comitiva, mas mais surpreendida e agastada ficou a pobre da D. Augustinha, velha governanta da casa, quando soube que vínhamos para jantar e passar a noite. Os aposentos ainda é como o outro; quartos não faltam e estamos no verão. Agora o comer é que eu não sei , menino! Tudo se arranjou. Uma panelada de batatas cozidas e um quarteirão de petinga (provisão da casa guardada no mosqueiro para o dia seguinte) rapidamente tisnadas no borralhiço grosso, retirado da gaveta da fornalha do fogão a lenha. Após o jantar que, e apesar de tudo, até foi, para nós, um" lauto banquete", demos umas voltas pela vila. Com uma noite feita de todos os silêncios e um intenso luar que tornava ainda mais irreal a brancura das ruas e ruelas, as nossas conversas descambaram, inevitavelmente, para a especulação filosófica. Muito estranho é, de facto, este mundo que nos rodeia. Aquelas estrelas, tão arrogantes, aqui mesmo por cima das nossas cabeças, afinal não são mais que pontos de infinitos "icebergs", em permanente expansão no Espaço - Tempo cósmico. E a nossa própria Estrela, o Sol, é uma dessas infinitas pontas. E nós próprios, aqui e agora, nesta noite de um luar fascinante, percorrendo as ruas e ruelas mágicas de Góis, com as nossas alegrias, as nossas ansiedades e os nossos sonhos, somos ainda uma projecção, um prolongamento, dessa terrivelmente misteriosa e grandiosa " máquina" que é o Universo. A própria aventura que o bando dos seis está a viver só é possível porque na "fornalha atómica" de uma certa Estrela, em certo ponto do espaço - tempo, foram fabricados os átomos que permitiram a existência de Serra da Lousã, dos nossos corpos, dos alimentos que os mantêm e até mesmo dos nossos espíritos e dos nossos sonhos. E quanto à Vida, quem a concebeu, projectou e desenvolveu? E a Morte, quem a decretou?. E o caos, o aleatório e a incerteza?. Insegurança e medo metafísico! Enigmas indecifráveis! Contentemo-nos em fruir o real ingénuo e aparente, e aceitemos, até ver, o princípio antrópico, que reza mais ou menos assim: "Nós vemos o Universo tal como ele é, porque, se ele fosse diferente, nós não estaríamos aqui para o observar". Antes de nos deitarmos, e não obstante o cansaço, ainda fomos até à ponte manuelina espreitar a lua no fundo do pego. Vimos a lua e também uma frota de quadrigas, transportando lindas romanas. Encontrada então a razão porque, àquela hora, as ruas de Góis estavam tão desertas, nessa noite soturna e luarenta de Verão. De novo na Casa Grande. Em três quartos, dois a dois, como bons frades, assim foram destinados os nossos aposentos; assim foi decidido que dormíssemos . Se não nos falha a memória (vai decorrido quase meio século ) foi assim: Chico Almeida com Vitor Brasileiro, Jorge Ladeira com Rui Bento e Silvério Pinaz com Ernesto Ladeira. Acasalamentos equilibrados ( Honni soit qui mal y pense !). Não fora o estupor da coruja agoirenta que toda a noite piou tenebrosamente por ali, e o merecido descanso teria sido pleno e reparador. Que mundo tão estranho este, com criaturas destas a comunicar de um modo tão sinistro. Que diriam disto os rouxinóis acoitados nas ramadas? Claro que os mais apoquentados de nós foram os que dormiram na ala contígua à igreja e ao cemitério, territórios preferidos por tão antipáticas e bizarras carpideiras. Oito da manhã. Início do nosso segundo dia de campanha. Pelo "nosso celular" recebíamos a informação de que o autogiro camarário (maquineta voadora a gasogénio, utilizado na manutenção da iluminação pública e no polimento da Lua) estava fora de serviço. Bonito! Tramados ! Como vamos sair agora daqui, deste poço tão fundo? Acrescia ainda, para nossa desgraça, que a " função subida", dos nossos batiscafos individuais, estava desactivada. Quanto ao pequeno almoço, nicles. A este respeito não havia problemas. Por esses cerros acima, há muita água fresca e oxigénio de primeira; e pinhões não faltam ao longo desses pinhais. El rei manda subir e não carpir.(Sem que nos déssemos conta, estávamos em pleno e saudável regime de emagrecimento, em permanente festa). Briefing: Etapa Góis- Portela do Vento, sempre em linha de subida. Entraremos no alcatrão (EN 112) pouco antes de alcançarmos o viso da serra. Navegação a corta-mato, ponto por ponto. Bússolas neurais a sete canais. Tempo estimado quatro a cinco horas. A partir do viso da serra entraremos, finalmente, no reino dos compadres, parentes, primos e primas; terras de leite e de mel à custa de gentes muito esforçadas. Próximo reabaste-cimento na Roda Cimeira ( previsão ). Pendurada que foi a tralha do Silvério, num longo e robusto cacete, logo ali foi estabelecida a escala de rendição dos alombadores. E uma dupla voluntária imediatamente se prontificou para cumprir o primeiro lanço daquele "martírio" adicional. Todos equipados de varas de feijoeiro, quais lanças quixotescas, aquela grotesca trufa de alucinados maltrapilhas, embrenhou-se no pinhal e foi grimpando, penosamente, a inclinadíssima lomba. As duas primeiras horas de marcha foram duras, mas, depois, as coisas começaram a melhorar, à medida que a inclinação do terreno se ia adoçando. Finalmente encontrámos água, embora escassa. Quanto a pinhões, nada de jeito. Estávamos nós no repouso do guerreiro, deitados de costas sobre a lebrinha sedosa e fresca, olhando o céu, por entre as copas baloiçantes dos altos pinheiros, quando começamos a ouvir uma reconfortante polifonia, feita de mil ecos cruzados, devolvidos pelas quebradas. Era o pessoal da resina, disperso pelo pinhal, cantando, à capela, "cânticos gregorianos" resineiros, enquanto iam, rascando, com seus afiados ferros, as sangrias, para reavivar o seu doloroso sangrar. Uma pura Sinfonia-Natureza. Arte do mais fino quilate. Melhor que as sinfónicas de Londres ou New York. Feita a rendição dos carregadores, reiniciámos a nossa esforçada marcha. A fome e o cansaço começava a gerar no bando algum desalento e desencanto. Inspeccionadas as chanatas do Chico, verificou-se que tinham ainda rastos e lonas para muitos quilómetros. A grande serra–mãe, agora quase despida de pinhal, mostrava-se, ostensivamente, em toda a sua grandeza e esplendor. E já se adivinhavam, ao longe, sinais do alcatrão, garantia de uma navegação mais fácil, embora mais monótona. A nossa rota encaminhava-se, perigosamente, no sentido do enfiamento Povorais-Santo António. E perigosamente, porque corríamos o risco de eventuais deserções que, felizmente não se verificaram.
Chegados ao alcatrão, já o Sol se preparava par dar a grande cambalhota sobre o poente. A esperança de, finalmente, enchermos a malvada, na Roda Cimeira, mantinha-se de pé, fosse almoço ou coisa equivalente.
(continua)
do jornal O Castanheirense
Comissão de Melhoramentos de Vale Torto, com o apoio da Câmara Municipal, da Junta de Freguesia de Góis e dos diversos patrocinadores mencionados no final da notícia, levou a efeito, nos dias 14 a 17 de Agosto, os XXXIII Jogos de Verão, na aldeia de Vale Torto, concelho de Góis, para os quais foram convidadas as seguintes aldeias: Povorais, Esporão, Aigras, Comareira, Cerejeira e Caselhos, tendo participado todas com excepção de Caselhos, o que desde já lamentamos, dado que, não foi dada qualquer explicação à referida organização, referente à sua ausência.
No dia 14 abriram os jogos, pelas 8.30 horas, com o hastear das bandeiras, onde se realizaram as seguintes modalidades: Damas, Tiro, King, Moedas, Malha, Futsal, Dominó, Lançamento de Peso, Gincana, Sueca e Atletismo, com as seguintes classificações:
Damas: 1.º lugar - Paulo Mourão, Povorais e 2.º lugar - Vítor Júlio, Vale Torto.
King: 1.º lugar - Paulo Mourão, Povorais e 2.º lugar - Pedro Martins, Vale Torto.
Sueca: 1.º lugar - Pedro Martins e José Gonçalves Martins, Vale Torto e 2.º lugar - Miguel Teixeira e Mário Feliciano, Povorais.
Moedas: 1.º lugar - Clarisse Santos, Vale Torto e 2.º lugar - Jaime Santos, Aigras.
Malha: 1.º lugar - Reinaldo e Tó Zé, Aigras e 2.º lugar - André Claro e Jaime, Aigras.
Dominó: 1.º lugar - Paulo Mourão, Povorais e 2.º lugar - Rui Santos, Vale Torto.
Tiro: 1.º lugar - Carlitos Santos, Vale Torto e 2.º lugar - David, Vale Torto.
Lançamento do Peso: 1.º lugar - Rui Simões, Esporão e 2.º lugar - Fábio Santos, Vale Torto.
Atletismo: Escalão A (até 8 anos)
Masculinos: 1.º lugar - Luís Filipe Rosa, Vale Torto e 2.º lugar - João Pedro, Vale Torto.
Femininos: 1.º lugar - Bruna, Vale Torto e 2.º lugar - Rafaela Pinto, Povorais.
Atletismo - Escalão B (dos 9 aos 13 anos)
Masculinos: 1.º lugar - Rodrigo Adão, Esporão e 2.º lugar - João Pedro Rosa, Vale Torto.
Femininos: 1.º lugar - Mónica Júlio, Vale Torto
Atletismo - Escalão C (dos 14 aos 19 anos)
Masculinos: 1.º lugar - Carlos Santos, Vale Torto e 2.º lugar - Jorge, Vale Torto.
Femininos: 1.º lugar - Carla Santos, Vale Torto e 2.º lugar - Catarina Claro, Aigras.
Atletismo - Escalão D (dos 20 aos 35 anos)
Femininos: 1.º lugar - Alexandra Claro, Aigras e 2.º lugar - Clarisse Santos, Vale Torto.
Atletismo - Escalão E (dos 36 aos 50 anos)
Masculinos: 1.º lugar - Rui Santos, Vale Torto e 2.º lugar - Carlos Santos, Vale Torto.
Femininos: 1.º lugar - Paula Cristina, Vale Torto e 2.º lugar - Teresa Antunes, Vale Torto.
Atletismo - Escalão F (desde os 51 anos)
Masculinos: 1.º lugar - Carlos Cabral, Vale Torto e 2.º lugar - Fernando Barata, Povorais.
Gincana: 1.º lugar e equipa constituída por: Pedro Martins, Patrícia Júlio, Vanessa Miado, Marco Porfírio, Catarina Granja e Luís Ribeiro, de Vale Torto e 2.º lugar a equipa constituída por: Cláudia Martins, Hugo, Ana Rosa, Márcia Gama, Carlitos Santos e João Martins, de Vale Torto.
Futsal: 1.º lugar - Povorais, 2.º lugar - Vale Torto e 3.º lugar - Esporão.
Os jogos decorreram com muito entusiasmo tanto dos participantes como das pessoas que assistiram, só foi pena o facto de ter chovido, principalmente quando decorria a prova de gincana.
Em termos de povoações, as classificações finais dos XXXIII Jogos de Verão de 2008 foram as seguintes: 1.º lugar - Vale Torto; 2.º lugar - Povorais; 3.º lugar - Esporão e 4.º lugar - Aigras.
A Comissão de Melhoramentos de Vale Torto agradece a todos os que colaboraram na realização dos XXXIII Jogos de Verão, aproveitando para destacar os nomes dos diversos patrocinadores que contribuíram, dando o seu apoio: Câmara Municipal de Góis, Junta de Freguesia de Góis, Caixa Geral de Depósitos, Casa do Concelho de Góis, Farmácia Miguel Silvestre, Irmãos Figueiredo, Restaurante Caçoila, Transerrano, Restaurante Beira Rio, ADIBER, Angolmoc, Talho Central, Moto Clube de Góis, Café o Caçador, Mármores Vidal e Vidal, Café Primavera, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, Alumínios Bandeira, Casa Bandeira, Turismo de Góis, Vai Tu, Ortopédica Médica, Associação Florestal de Góis, J. Silvas Ld.ª, Supermercado Casimiro Vicente, Encosta da Seara, ALUNORMA - alumínios e António José & Filhos.
in O Varzeense, de 30/09/2008
Fotografias em http://povorias.hi5.com
in blogois
SETE DIAS À TOA NA SERRA DA LOUSÃ
Por Ernesto Ladeira
(Continuação do número anterior)
Reorganizadas as hostes, foi dada a ordem de marcha, agora alinhados em fila indiana dupla (3 numa berma e os outros 3 na outra, sendo que dois de uma das filas, eram os carregadores de serviço). E assim fomos seguindo, trocando graçolas para manter os ânimos e esquecer a fome. Em breve chegaríamos às Quelhas, que ficavam já muito perto da Portela do Vento, onde as águas se separam.
As Quelhas, dos velhos trilhos cruzados, gravados por negociantes, almocreves, pedintes itinerantes, vagabundos e salteadores. Roteiros de desvairadas gentes e destinos. Contavam-se histórias tenebrosas de roubos, assaltos e até mortes. De tempestades e nevões que sepultavam imprudências, bebedeiras e doenças. De lobos que atacavam gados em trânsito, e que faziam até longas perseguições a montadas.
Íamos nós, calmamente subindo, na nossa dupla formação indiana, já muito perto das Quelhas (sítio ainda tido como de má fama), quando nos surge, pela frente, lá no alto, um ciclista de pasteleira, com sacos e saquitéis amarrados ao suporte. – Eh amigo, Eh amigo, a Roda Cimeira é muito longe? E onde são as minas da Roda? ; gritámos todos a uma voz. O nosso homem deve ter passado um mau bocado, ao deparar com todo aquele aparato. Alinha com o centro da estrada pedais para que te quero, mais a força da gravidade e ele aí vai, a toda a mecha, sem tugir nem mugir. –Ora um merda destes, com medo dos putos ! Dizia o Chico , chateado. Quem tem cu tem medo! Alguém atirou para o ar, esta velha chapa-feita, à conta de uma pretensa justificação para a fuga desesperada do nosso apavorado ciclista.
Esta empolgante Serra da Lousã, enorme chapéu de muitos bicos. A caprichosa geometria dos seus descomunais volumes que nos esmagam e assustam. Quem teria concebido, projectado e construído este colosso? Que forças estranhas (aleatórias?) a teriam empurrado até cá em cima? Quem a teria vestido e povoado de Vida ? Há quantos milhões de anos existe e quais as alterações sofridas desde o início da sua formação? Que lhe acontecerá no futuro ? Continuará o homem a respeitar minimamente a sua "provecta idade" e a sua magestade? O que terá ela nas suas entranhas?
Diziam os antigos que a Serra da Lousã era atravessada por um" braço de mar", razão porque nunca fora levada por diante a ideia da construção de um túnel rodoviário entre a Castanheira e a Lousã. Uma palpitante e fantasmagórica fantasia que estava bem na linha dos grandes sonhos que os Castanheirenses sempre acalentaram, de reduzir drasticamente as distâncias que os separavam de Coimbra, mas que foram sendo sucessivamente desfeitos. A Lousã e Coimbra alí mesmo por detrás da Serra, mas na realidade ainda tão longe de nós. E assim continuamos e continuaremos, lamentavelmente.
Nas suas entranhas não corre um tenebroso "braço de mar" mas corre água potável, graças ao trabalho natural da floresta e dos matos nativos. Água que alimenta fontes, minas e poços e sustenta os mínimos ecológicos dos cursos de água.
A grande Serra tinha, de certo, também, nas suas entranhas, ouro, volfrâmio, urânio, titânio e outras raridades minerais. Coisas boas ou coisas más, consoante o uso que a Humanidade delas faz. Durante a nossa subida, a partir de Góis, encontrámos estranhas escavações, explorações avulsas de volfrâmio (tungsténio), muito usado, durante a segunda guerra mundial ( 1939-1945), no fabrico de armamento bélico. Tremendas tragédias muito recentes; fumegavam ainda, um pouco por todo o Planeta, as monstruosas e trágicas borralheiras do maior drama humano deste século, senão de todos os tempos. Terríveis consequências dos comportamentos da besta- homem, irracional!
Em contraponto, ali estava perante nós, a majestade e a paz absoluta da Serra da Lousã. Foramos nós toupeiras atómicas e miná-la-íamos, sem deixar mácula, até ao magma, muitos quilómetros abaixo, na busca dos vestígios primordiais deste doloroso e grandioso parto telúrico, que é, agora, a esplendorosa Serra do Pinhal – Monumento verde, natural, implantado no coração de Portugal.(continua)
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